- Os benefícios fiscais da Arroz Global são, «benefícios de natureza automática, não dependendo de qualquer decisão particular ou discricionária, nem de contratos específicos»;
- «Não foi encontrado registo de eventual relação jurídica ou contratual entre o Estado Português e as referidas empresas, nem de operações financeiras, emissões de dívidas e outras em que as referidas empresas tenham participado»;
- «No que diz respeito às empresas participadas pelo Estado, não se dispõe de informação sobre qualquer eventual relacionamento das mesmas com as empresas referidas pela subcomissão».
Confirma-se assim não só não haver qualquer ilegalidade como nada fazer supor uma contratação para pagar favores. O que resta? Manuela Ferreira Leite, que aceitou ser administradora do Santander de Negócio 20 meses depois de ser ministra das Finanças, classificou a aceitação de MLA como «ausência total de bom senso».
Foi um manifesto exagero. Talvez alguma falta de bom senso de MLA ao esquecer que um político, ainda que acidental, não precisa só de ser sério, também precisa de parecer – um cínico diria basta parecer – e ao não ter previsto que a esquerdalhada lhe saltaria à garganta – a mesma esquerdalhada que ainda hoje entende que o problema de Sócrates é a violação do segredo de justiça e o problema de Lula e de Dilma é a «república de juízes». MLA, como pessoa competente que é, facilmente encontraria outra alternativa de trabalho. Não havia necessidade.