Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
05/03/2016
Encalhados numa ruga do contínuo espaço-tempo (60) - O muro já caiu e eles não deram por isso
«O PCP pura e simplesmente não dispõe de ferramentas para entender o novo mundo globalizado em que se atreveu a meter o pé com esta preliminar e tímida experiência de colaboração condicional com um PS subordinado à lógica populista do Bloco de Esquerda. Não entende sequer as mais elementares regras do euro, decorrentes da correlação entre crescimento económico e deficit orçamental. Recordo o ar aflito com que Jerónimo de Sousa, no rescaldo das últimas eleições, confessava na televisão que após consulta de quatro ou cinco economistas, presume-se que dos mais abalizados, ainda não conseguira perceber por que motivo a UE estabelecera o limite do deficit nos 3% do PIB, em vez de situar a fasquia nos 4 ou 5%, por exemplo. Imagino que menos perceberá por que razão Bruxelas capricha agora em impor 0% de deficit. Ainda vamos ter saudades dos 3%! Na altura em que este valor foi fixado, certamente bem antes de o euro entrar em circulação, o crescimento médio do PIB europeu era estimado em 3%, num tempo de optimismo e fé nas potencialidades do Velho Continente. Tudo isso se esfumou. O crescimento económico europeu estagnou à roda de 1% e predomina o fundado receio de que tenda para zero. Não havendo crescimento, não pode haver deficit.»
Excerto de «A “Geringonça Triple A”», Maria de Fátima Bonifácio no Observador
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