Apesar dessa queda colossal da procura interna e apesar do aumento colossal da taxa de desemprego no mesmo período de 8,9% (INE) para 17% (o governo estima 16,4%), o BdeP estima uma queda acumulada menos colossal do PIB entre 2009 e 2013 de 7,4%. O que mostra que a economia está a cortar no subemprego e a limpar o tecido empresarial das empresas inviáveis.
Poderia uma reconversão como a necessária para tornar a economia portuguesa competitiva ser conseguida sem uma redução drástica do emprego? Talvez pudesse, se fosse feita há 10 ou 15 anos, quando a Europa crescia e o nosso endividamento era metade do actual, mas nessa altura e até 2010 estávamos a viver a euforia consumista alavancada com crédito barato, embriagados pelos discursos guterristas e socráticos dos amanhãs que cantam - Durão Barroso, apesar de também cavalgar a onda, ainda disse «estamos de tanga» e foi por isso assobiado pelos pandeiretas mediáticos.
Voltando à contracção do PIB, em termos internacionais é muito? Nem por isso. Veja-se no diagrama seguinte o padrão de crises bancárias recentes desde a Europa até à Ásia com uma queda média do PIB per capita de 9% num período médio de 2 anos.
Fonte: «This Time Is Different – Eight Centuries of Financial Folly», Carmen Reinhart & Kenneth Rogoff, Princeton, 2009 |
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