Estória
O Mar Salgado apontou, O Intermitente transcreveu e o Impertinências agradece e volta a transcrever a pergunta do Público de 2ª Feira e a resposta do doutor Victor Constâncio, um dos poucos economistas sérios que ainda resiste no PS e por sinal um dos professores mais apreciados pelo Impertinente :
P. - Mas com estes escassos 0,75 por cento em 2004 e 1,75 por cento em 2005, como é que se pode ser optimista?
R. - Pode-se ser optimista se olharmos para a fase em que hoje se encontra a economia. Este foi um período de inevitável ajustamento após muitos anos de forte crescimento, de forte expansão das despesas das famílias e empresas, associada a um crescimento do endividamento, e esse período tinha de interromper-se. Tínhamos de passar por uma fase de contenção e ajustamento. É isso que tem ocorrido e agora estamos a sair dessa fase, pelo que a inversão é em si mesma positiva. Por outro lado, se excluirmos da evolução da economia as variáveis que dependem directamente do Orçamento de Estado - o consumo e o investimento público - que terão evolução negativa em 2004, veremos que teremos essencialmente um crescimento da actividade económica produtiva, privada, de cerca de 1,5 em 2004 e quase três por cento em 2005. Estes números reflectem o facto de as empresas portuguesas terem capacidade instalada e poderem aproveitar o dinamismo da economia europeia que puxará pela economia portuguesa.
Donde se conclui que a medicina orçamental tinha que ser tomada, ainda que a purga daí resultante esteja a ser bastante timorata, ficando visível onde mora a crise – na vaca marsupial pública, por muito que os avestruzes da esquerdalhada o não queiram ver.
Moral
É possível enganar toda a gente durante algum tempo ou enganar alguns toda a vida. Não é possível enganar toda a gente toda a vida.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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