Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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16/01/2004

CASE STUDY: Há uma tanga, mas (ainda) não sabemos de quem.

Têm aparecido nos jornais uns anúncios do ministério da Saúde demonstrando os “Resultados do 1º Ano de Empresarialização” que abrangem cerca de 3 dezenas de hospitais.
Todos os indicadores evidenciam nos primeiros 10 meses de 2003, face ao período homólogo de 2002, melhorias claras e, nalguns casos, notáveis. Vejam-se os números globais:
- Internamento (altas) +4,7%
- Consultas +9,4%
- Urgência +0,7% (idealmente deveria diminuir, por eliminação das falsas urgências)
- Hospital de dia +17,9%
- Intervenções cirúrgicas +19,1%.

Das duas, uma:
a) Estes números são uma grande tanga do MS, caso em que o doutor Ferro, que está a fazer da saúde a sua paixão (lembram-se da «paixão» do doutor Guterres pela educação?), vai fritar o ministro e nós batemos palmas;
ou
b) Estes números não são tanga e o doutor Ferro deveria explicar a tanga que o governo, em que diz que tem orgulho de ter participado, andou a dar aos portugueses durante 6-anos-6.

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