Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

15/01/2004

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Afonsos para todos – desde a Comissão Europeia até ao doutor Santana Lopes.

Secção Res ipsa loquitor
França e Alemanha, os Dupond e Dupont comunitários, violaram o limite de 3% do défice público, que Dupont tinha exigido e Dupond apoiou esforçadamente. A violação foi apadrinhada pelos ministros das Finanças, incluindo a nossa doutora Manuela. Presume-se que os ministros das Finanças dos Dupont e Dupond teriam virado o polegar para baixo se estivessem em causa os países maltrapilhos.
Ontem a Comissão Europeia decidiu apresentar recurso ao Tribunal Europeu para anular a deliberação dos ministros das Finanças de suspensão das sanções.
Três afonsos para a Comissão Europeia.

O Tribunal Constitucional italiano decidiu ontem invalidar, por violação do princípio da igualdade de todos os cidadãos perante a lei, uma lei aprovada em Junho que concedia imunidade aos políticos que ocupassem os cinco mais altos lugares, durante o seu mandato. Uma lei à medida de Berlusconi para o colocar ao abrigo dos processos que correm contra si nos tribunais italianos.
Três afonsos para Tribunal Constitucional italiano.

Ontem o doutor Santana Lopes apresentou no Grémio Literário a sua nova obra «Causas de Cultura», com a ajuda da escritora Agustina Bessa-Luís e as presenças dos doutores Durão Barroso e Paulo Portas.
Mostrou assim que, se já levava vantagem do professor Carrilho como colunável, está agora a caminho de vencer o seu síndrome de Chopin preparando-se para derrotar em toda a linha o professor no grande choque das culturas que terá lugar durante as próximas eleições municipais. Isto se o doutor Santana Lopes não resolver dar um golpe de asa e subir a sua parada até à presidência da República.
Um afonso para o doutor Santana Lopes pela sua coragem de penetrar no templo com o seu livreco - os seus detractores podem chamar-lhe lata, mas isso é com eles.

CORRECÇÃO: Agora (hoje) já não foi ontem. Foi anteontem.

Sem comentários: