Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/01/2004

BLOGARIDADES: Upgrade d’O Meu Pêpê (2).

Só a falta de tempo explica o desmazelo com O Meu Pêpê, desde o já longínquo Upgrade n.º 1 em que propus a colagem online das etiquetas nas obras penduradas ou, em alternativa, a abertura de concurso para os frequentadores do blogue.
Tal como o Impertinente, possivelmente muitos outros frequentadores do Abrupto gostariam de dar os seus palpites. Talvez não o façam receando ser despromovidos de admiradores críticos a detractores maledicentes, e levaram no toutiço com as imensas “Contrariedades” de Cesário Verde, com que o Abrupto castigou as “mediocridades combatentes”.
O Meu Pêpê nunca citará poemas para zurzir os detractores, aliás O Meu Pêpê nunca citará poemas, sob nenhum pretexto (com a possível excepção de cantigas de escárnio e maldizer e de alguns surrealistas, como O’Neill – supondo que seja surrealista).
O Meu Pêpê será um blogue pleno de humor e tolerância – uma área temática “O Meu Pêpê feito pelos seus detractores” será criada para dar espaço às vozes críticas.
O Meu Pêpê também nunca fará necrologias como esta. Pelo menos de defuntos recentes, com familiares ou amigos potenciais frequentadores do blogue. Assim se pouparão páginas e páginas A4 de protestos, podendo o espaço poupado reverter em benefício do humor.
Já que falo de humor, este será o mais british possível. O Meu Pêpê nunca se levará demasiado a sério e será capaz de auto-ironia. Será cuidadosamente evitado o género de humor francês – se é que tal espécie de humor existe, dúvida perfeitamente fundada, como se pode ler pela resposta do Economist em Very Droll (18th Dec 2003) à pergunta The french have jokes, but do they have a sense of humour?, que começa com o seguinte diálogo do filme Ridicule de Patrice Leconte:

«Baron, how did you find the English?
Very distracting. They have a form of conversation called humour, which makes everyone laugh a lot.
Humour—is this like esprit?
No, not really.
But then how do you translate it?
Well, I can’t. We in France don't have a word for it.
»

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