Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

22/01/2004

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: O e-gov e a destruição da floresta.

Secção Res ipsa loquitor
Para estar ao corrente das ejaculações dos órgãos legislativos condenei-me a ser cliente (ou será utente?) do acesso ao Diário da República Electrónico, desde que foi criado. Recebi há dias da dinossáurica Imprensa Nacional, o novo preçário para 2004 e verifico que o absurdo se instalou irremediavelmente naquelas mentes.
Se quiser dar o meu contributo à desflorestação e subscrever uma assinatura para receber a I Série do DR impressa em lascas de árvores devidamente trituradas e lexivadas “só” tenho que despender 150 euros por um ano. Mas se eu quiser gastar a minha electricidade (pouca) e uma ligação internet barata (é cara, mas sou eu que pago e não a IN) e poupar um eucalipto por ano, tornando-o disponível para exportação, terei que desembolsar 500-euros-500 para ter acesso ilimitado.
Como é que isto se chama? O e-governo, claro.
Três chateaubriands e dois ignóbeis para o órgão de gestão da IN que ejaculou o preçário.

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