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01/03/2024

A defesa dos centros de decisão nacional (30) - Greenvolt. Está quase feito

[Continuação de (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14), (15), (16), (17), (18), (19), (20), (21), (22), (23), (24), (25), (26), (27), (28) e (29)]

Recordemos, uma vez mais, os inúmeros manifestos pela defesa dos centros de decisão nacional, alguns deles assinados por empresários que passado algum tempo venderam a estrangeiros as suas empresas e as inúmeras declarações no mesmo sentido da esquerdalhada em geral. Recordemos também que esta necessidade de vender o país aos retalhos surge pelo endividamento gigantesco de públicos e privados e pela consequente descapitalização da economia portuguesa, consequência de décadas a viver acima das posses.

Pronto, está quase feito. A Autoridade da Concorrência não se opõe à OPA para 60% da Greenvolt pela KKK, uma private equity americana com uma carteira equivalente a 2,3 vezes o PIB português. A Greenvolt é uma das não muitas empresas de sucesso cotada em bolsa com sete accionistas portugueses de referência, entre os quais a Actium, uma participada da Cofina de Paulo Fernandes

As private equity são como o algodão, não enganam. Se compram é porque acreditam que as empresas são viáveis e terão sucesso. Infelizmente, não é possível fazer este teste do algodão a todas as empresas penduradas no Estado sucial o que proporcionaria um excelente critério para identificar os elefantes brancos que circulam em manada pela economia portuguesa. Quando falo de empresas penduradas no Estado sucial não me refiro às empresas públicas. Essas não estão penduradas, estão alojadas na bolsa da vaca marsupial pública, nunca foram viáveis e 1/3 delas estão em situação de falência

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