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25/07/2021

Os sindicatos de trabalhadores do sector privado vão deixar de ser de esquerda

«A pandemia veio acelerar um processo de transformação que está em marcha desde 2015. Quando aderimos à CEE o objectivo era o desenvolvimento e apanhar o pelotão da frente da Europa. O PS (com a ajuda do BE e do PCP) reduziu Portugal a um sítio onde se vive de ajuda externa porque Bruxelas não hesita em despejar dinheiro para cima de problemas que surgem numa fronteira pouco importante.

Com o dinheiro de Bruxelas a entrar nos cofres estatais, o PS não está minimamente preocupado com a economia privada. Quando a falência de uma empresa for socialmente custosa, o estado intervém. Veja-se o caso da TAP. Caso contrário, é deixar andar. Veja-se o caso do alojamento local. Mas as intervenções estatais não deixam de ser dolorosas por serem estatais. Implicam despedimentos e pessoas sem futuro. Pressupõem frieza e falta de diálogo, como a UGT aponta na dura carta que endereçou ao Primeiro-Ministro. Numa sociedade socialista (e esse é o tipo de sociedade que um partido socialista com o apoio de forças comunistas pretende para Portugal) os governos não dialogam nem negociam. Nessas sociedades, os governos impõem a sua vontade. Veja-se, uma vez mais, o que está a acontecer na TAP.

O último debate do Estado da Nação foi sintomático e revelador. Existem duas realidades no nosso país: a que a existe e a do PS. Só esta distinção permite compreender o entusiasmo do governo e dos deputados que o sustentam. Após uma pandemia que deixou a economia privada de rastos, nomeadamente o sector do turismo que chegou em 2018 a representar cerca de 14% do PIB, António Costa apresentou-se no Parlamento como o salvador da pátria. Não só anunciou o fim da pandemia como se mostrou inspirado para “abrir uma nova janela de esperança e aproveitar as oportunidades irrepetíveis que os próximos tempos nos trarão.” Nesse sentido, Costa e o PS contam com o famoso Plano de Recuperação e Resiliência e ainda com o novo Quadro Financeiro Plurianual da UE. O primeiro será maioritariamente canalizado para a modernização do estado; o segundo visa dotar os socialistas de meios para levarem por diante políticas públicas com objectivos eleitoralmente promissores. O êxtase não podia ser maior. O que até se percebe, pois o estado é o PS.»

Continue a ler Os sindicatos vão deixar de ser de esquerda, André Abrantes Amaral no Observador

Em minha opinião, os sindicatos dos funcionários públicos vão continuar a ser de esquerda e num Estado sucial que cresce os funcionários públicos e as suas famílias constituem o sector mais importante da freguesia eleitoral socialista-comunista-bloquista.

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