Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

07/07/2021

No pasa nada! Não, o problema não é só do PS. O problema é da (falta de) oposição e de uma opinião pública bovina pastoreada por uma opinião publicada vendida (com as excepção conhecidas)

«A câmara de Medina trata dados pessoais como se fosse um apêndice burocrático de ditaduras, mas nada se passa. O ministério dos negócios estrangeiros recebeu as queixas dos cidadãos russos e portugueses, mas, ora essa!, Augusto Santos Silva é um príncipe da política. Cabrita é uma caricatura do pior da política, mas nada se passa. É amigo de Costa. António Costa comporta-se como amigo e não como primeiro-ministro, mas nada se passa. Pedro Nuno Santos fala como o rufia da escola, está a brincar aos aviões com milhões que não temos, mas nada se passa. Através de um radicalismo ideológico inconcebível, Marta Temido recusou fazer acordos com privados, elevando assim de forma desnecessária a conta da mortalidade não covid, mas não se pode falar disso. O PS, como noticiou este jornal, elevou as nomeações de altos responsáveis do estado para um novo patamar de nepotismo, mas nada se passa. O caso Berardo recorda-nos de novo um ambiente: José Sócrates liderou um projecto doentio de poder. As pessoas do PS que o rodeavam não viam nada, não suspeitavam de nada, não faziam perguntas? Não se passa nada. O PS consegue viver consigo próprio assim, o que é espantoso. É quase um caso clínico de estudo psicológico. Dezenas ou mesmo centenas de pessoas ligadas ao PS nunca viram nada de estranho no perfil e na ação de Sócrates.»

Partido Socialista: a impunidade de grupo, Henrique Raposo no Expresso

2 comentários:

João Brandão disse...

Democracia 'à la portugaise'.
E pela qual tantos 'lutaram' ...

Anónimo disse...

Sim, tantos. Quase todos eram comunistas. Comunistas a lutar por democracia. Enfim, é o habitual faz-de-conta.