Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

17/11/2015

SERVIÇO PÚBLICO: A Internacional da Indignação (3)

Indignação a propósito da hipotética discriminação de sexo género em relação a militantes do partido Berloque de Esquerda «equivalent to Greece’s anti-austerity Syriza party», a pretexto das patetices de Pedro Arroja, vibrantemente assumida pelo Guardian, um bastião do pensamento britânico politicamente correcto:
«I didn’t feel a lot of sexism during the campaign, but now it’s worse. It’s much worse to hear someone calling us hysterical on TV,” says Mariana Mortágua. She cites one rant from a commentator on cable TV, who railed against “those four hysterical women. They’re always going against something or someone. I wouldn’t marry any of them, even if for free. I wouldn’t be able to stand such a woman.»
Excerto de um artigo do Guardian com o título «Women who conquered macho world of Portuguese politics prepare for power»), ilustrado por um foto de uma das «Women who conquered macho world of Portugueses Politics» que o Guardian imagina estarem todas no BE porque nunca viu outras.

Se não fosse pedir muito, seria possível a Dr.ª Mortágua tomar umas lições de inglês técnico para explicar ao jornalista do Guardian que a tradução de «esganiçada» não é «hysterical»?  Sendo certo que as histéricas são geralmente esganiçadas, nem todas as esganiçadas são histéricas, pelo menos fora do Berloque de Esquerda.

Sem comentários: