Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

03/11/2015

DIÁRIO DE BORDO: «Komentariado»


Estive tentado a incluir no Glossário das Impertinências o termo «Komentariado» cunhado por Vasco Pulido Valente no seu artigo do Público onde escreveu: «a televisão, o Komentariado, a internet e os jornais não fazem outra coisa senão discutir o sentido do voto de 4 de Outubro».

Porém, se o Komentariado de VPV for como que um Komintern (a III Internacional Comunista que preconizava a ditadura do proletariado e os sovietes) dos comentadores, o termo não me parece muito apropriado porque deixaria de fora socialistas de várias extracções, trotskistas da IV Internacional e todo o resto da tralha de comentadores, sem esquecer ressabiados de várias famílias, que defendem a tomada do palácio de S. Bento pela troika em construção constituída por PS, BE e PCP.

Foi por isso que não inclui o termo no Glossário e também porque, afinal de contas, já lá estava um que me parece mais apropriado para cobrir a gama de comentadores no mercado doméstico da opinião, a saber:

Opinion dealers 

Opinion makers cujo modo de vida consiste em vender opiniões por conta de outrem. Friedrich Hayek no seu artigo «The Intellectuals and Socialism», adoptou a seguinte definição para designar intelectuais: «professional secondhand dealers in ideas». Estamos a falar de coisas parecidas.

Sem comentários: