No ano passado a CP suprimiu 30 mil comboios devido a greves totais, parciais ou a horas extraordinárias que se verificaram em 295 dias.
O ano passado, tal como nos anos anteriores, a Fertagus que explora a linha sobre a ponte 25 de Abril não teve nenhuma greve e, em 2011, com 193 trabalhadores transportou 30 milhões de passageiros (incluindo por camioneta). A CP com 2.978 trabalhadores (15 vezes mais) transportou apenas 126 milhões (4 vezes mais).
Em 2011, a Fertagus facturou 28 milhões (145 mil por trabalhador) e a CP, incluindo carga, facturou 238 milhões (8,5 vezes) ou 80 mil por trabalhador.
No mesmo ano, os resultados da Fertagus foram -470 mil (em 2010 tinham sido de +4,1 milhões) e os resultados da CP foram de -289 milhões (incluindo 188 milhões de juros), uma vez mais negativos, como há décadas. Não espanta, pois, que a Fertagus tenha capitais próprios positivos de 3 milhões e a CP esteja falida com capitais próprios negativos de -2.957 milhões! Ainda menos espanta que tivesse em 2011 um passivo por financiamentos obtidos de 3,7 mil milhões - o equivalente a mais de 10% da dívida do sector empresarial do Estado.
É claro que esses indicadores não são totalmente comparáveis por que se trata de empresas com negócios, estratégias diferentes e clientes diferentes, mas as diferenças são tão abissais que não podem esconder o desastre nacional de um país que entregou o seu transporte ferroviário a um monstro ingovernável mantido pelo Leviatã do Estado Socialista à custa da extorsão dos sujeitos passivos.
Aditamento:
Um passageiro regular da Fertagus chamou-me a atenção para outras diferenças abissais. O atendimento e relacionamento com os passageiros (friendlly not familiar na Fertagus versus familiar or not friendly na CP) e o estado de conservação e limpeza das estações e dos comboios (bom aspecto no caso da Fertagus e uma esterqueira no caso da CP, salvo nos Alfas).
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário