A esquerda em sentido lato e as suas câmaras de eco nos mídia rufaram os tambores a propósito da passagem pela SLN, holding do BPN, como responsável da área não financeira do grupo entre Fevereiro e Outubro de 2008, do recém-nomeado secretário de Estado do Empreendedorismo Franquelim Alves que, segundo a versão corrente, teria ficado conspurcado e, consequentemente, sem idoneidade para ocupar um lugar governamental.
Sem cuidar agora de saber do fundamento das suspeitas - até dou de borla que a criatura não seja flor que se cheire, nem cuidar de mencionar as resmas de criaturas de todos os quadrantes políticos, incluindo principalmente do PS, que povoaram os 19 governos constitucionais que já levámos às costas, com currículos tão ou menos recomendáveis do que o de Franquelim Alves, sem cuidar de tudo isso, graças a esses tambores ficámos a saber que o homem pelo menos assinou duas cartas em 15 de Maio e 2 de Junho de 2008 da SLN dirigidas ao Banco de Portugal, numa das quais se esclarecia que o Banco Insular em Cabo Verde «servia para financiar accionistas e empresas offshore ligadas ao grupo».
De onde, concluo eu, se deveria induzir que se a criatura que passou 9-meses-9 pela área não financeira da SLN, sem nenhuma relação directa com o BPN, e ainda teve tempo de escrever uma carta daquele teor à autoridade de supervisão, não tem idoneidade para ser secretário de estado, que idoneidade teria o governador do Banco de Portugal durante 9-nove-ano de 2000 a 2009 Vítor Constâncio, que passou ao lado das batotas feitas pela gestão anterior do BPN, na altura já demitida, e ignorou até as questões sobre o BPN que no interior do Banco de Portugal já se levantavam em 2001, o que fez capa em Março desse ano da Exame, como aqui foi recordado pelo jornalista Camilo Lourenço?
Se restasse um pingo de vergonha a esta gente, que abusa da falta de memória de um povo ressabiado com as facturas do fim da festa 13/16 socialista, deveriam reconhecer que o boomerang dirigido à cabeça de Franquelim Alves fez ricochete na cabeça do ministro anexo Vítor Constâncio e lhes veio bater na própria mona.
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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07/02/2013
ARTIGO DEFUNTO: Tiro no pé do ministro anexo
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2 comentários:
Pois assim será. Mas, e muito embora também eu me esteja borrifando para o curriculum da criatura, parece que as referidas cartas não terão sido assinadas por ele, e isso faz uma certa diferença. Não lhe parece?
Os jornais dizem que foram. Seja como for, o importante é que o homem não teve envolvimento nas batotas que foram feitas durante anos sob as barbas de Constâncio. E o essencial é a moral dúplice das virgens ofendidas, para a qual não há pachorra.
Impertinente
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