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06/02/2013

CASE STUDY: O homem providencial para o Estado Previdência (3)

Depois de mostrar os seus méritos na gestão da câmara, no combate ao endividamento proclamando «0% de endividamento líquido» e abusando da ignorância geral sobre o que seja tal endividamento (ver aqui a explicação), mostrar as suas ideias originais para o crescimento da economia (a receita de «estimular o consumo», seguida há décadas com os resultados que se sabem), mostrar os seus talentos de grande unificador do PS e meter o rabito entre as pernas à primeira reacção de Seguro, António Costa deve ter sentido agora necessidade de mostrar as suas valências reforçadas no sector da «obra feita».

Valências reforçadas na «obra feita», porque Costa já as tinha mostrado. Se Santana Lopes fez o túnel do Marquês, com uma bela confusão promovida pelo amigo Zé, Costa desfez a rotunda do mesmo Marquês e criou uma infraestrutura para uma gincana que, se devidamente promovida, projectaria Lisboa para o topo do desporto automóvel. Depois das iniciativas para a unidade do PS na semana passada, Costa não descansou e, depois de meses de obras da rotunda e de muitos ensaios, reiniciou esta semana mais obras de remodelação da rotunda, anunciadas para duraram 5 semanas, mas que todos nós sabemos serão muitas mais.

Depois dessas obras e das que previsivelmente se seguirão, a rotunda do Marquês constituirá um paradigma entre os milhares de rotundas que os nossos autarcas fizeram nos últimos anos. Já era possivelmente a maior, passará a ser a mais cara e a que maior encrenca criou no trânsito. Isto já não é apenas rampa de lançamento para o Largo do Rato, nem mesmo para S. Bento, isto é para Belém.

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