Um dos mitos mais cultivados pelas nossas elites graxistas é o da excelência da nossa emigração que, segundo os graxistas, dá cartas nos países de acolhimento. Como muito bem refere o Insurgente, «lá se vai mais um mito» com a publicação dum paper (*) da OCDE, onde se fica a saber que «migrants from Portugal – a high-income OECD country – often face significant difficulties in labour market integration. This is partly attributable to their low education and has also been associated with poorer outcomes for their children».
E não se trata de um problema do passado porque «recent migrants from Portugal are predominantly low-educated and employed in medium and low-skilled occupations. They also face rather high unemployment. In contrast, migrants from Germany and from EEA countries other than Germany, Portugal and Italy are mainly highly-educated and find themselves overrepresented in highly-skilled».
Traduzindo os factos em números, 73% dos nossos emigrantes que representam 9% da emigração total na Suíça são «low-educated». Seria bom os fazedores de opinião local, em vez de dar graxa ao povo promovendo a pieguice nacional, o ajudassem a vencer o atraso confrontando-os com a medíocre realidade e incentivando-o a caminhar no caminho pedregoso da excelência. Ou, dito de outro modo, comportando-se como elites, das quais só adoptam os tiques e os ademanes.
(*) Liebig, T. et al. (2012), “The labour market integration of immigrants and their children in Switzerland”, OECD Social, Employment and Migration Working Papers No. 128, Directorate for Employment, Labour and Social Affairs, OECD Publishing
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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