Depois de muitos ziguezagues e traições variadas, António Costa, levado ao colo durante meses pela imprensa amiga, perdeu as eleições que até um coxo ganharia contra uma coligação desgastada por 4 anos de medidas impopulares.
Em risco de acabar a sua carreira, desdizendo tudo o que sempre dissera e até o que disse na noite das eleições, Costa tenta salvar a cabeça negociando uma aliança espúria com o PCP e a sopa de ismos do BE que deram um passo atrás, fingindo aceitar a União Europeia, a Zona Euro e a NATO, como preço para a oportunidade de darem dois passos à frente: a ocupação do aparelho de estado e a drenagem em seu proveito da base social e eleitoral do PS.
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O resto da estória está por escrever, mas, dependendo da maior ou menos inteligência da coligação (não tenhamos demasiada fé), o desfecho pode até vir a ser positivo para o país proporcionando uma espécie de vacina que a pressa de chegar ao poder do PSD em 2011 não proporcionou com os pretextos que deu ao governo de Sócrates.
Moral
Para quem se está a afogar, jacaré é tronco. (*)
(*) Aforismo popular brasileiro agora aplicado à aproximação de Dilma Rousseff a Eduardo Cunha, presidente da Câmara de Deputados que está a ser investigado no âmbito do processo Lava Jato.
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