Este é talvez um dos mitos mais populares da esquerda (e da direita estatista). Em parte, porque parece um truísmo – pois não é verdade que, se os salários aumentarem, o poder de compra aumentará na mesma proporção e os trabalhadores passarão a ter acesso a mais bens e serviços? E em parte porque, de facto, durante algum tempo assim é – até que, na ausência de melhoria da produtividade, uma combinação de inflação e aumento das importações e do défice das contas externas e consequente endividamento anularão esses ganhos.
E é assim por uma razão muito simples: a produtividade não depende do salário. A produtividade do trabalho depende da qualidade dos recursos humanos e do capital público e privado e a produtividade total dos factores (Total factor productivity ou multi-factor productivity, isto é a parte do output de produto que não resulta do inputs de trabalho e capital, estimada com base no resíduo de Sollow) depende do nível tecnológico.
Por essa razão, como aqui mostra Mário Amorim Lopes no Insurgente, os nossos salários são baixos porque não podem deixar de ser baixos porque, por insuficiência ou má qualidade dos factores de produtividade, baixa é a nossa produtividade. E, pior do que baixa, a produtividade não mostra tendência sustentada para melhorar em relação à média EU27 (veja-se o post do Impertinente «Se queremos alinhar o salário mínimo com a Óropa devemos diminui-lo»).
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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