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11/05/2014

CASE STUDY: Um imenso Portugal (11)

Ao ler o post do outro contribuinte sobre o mito do aumento do nível salarial melhorar o nível de vida dos trabalhadores, resolvi acrescentar mais um episódio a esta minha saga de «Um imenso Portugal», uma espécie de aditamento a este outro onde tratei da produtividade total brasileira – o imenso problema que aflige o Brasil mais do que Portugal, o que, também por isso mesmo, faz desse país um imenso Portugal.

Comparemos a evolução da produtividade do trabalho do Brasil nos últimos 50 anos com outros dois BRICS (China e Índia), a Coreia do Sul (separada à nascença da irmã do Norte que o comunismo transformou em aborto) e o Chile (onde um golpe militar derrubou um governo minoritário que pretendia implantar o comunismo e instaurou uma ditadura com a particularidade de ter tido resultados completamente diferentes de todos os muitos golpes militares seguidos de ditadura na América do Sul).

«A soneca brasileira»
«Apart from a brief spurt in the 1960s and 1970s, output per worker has either slipped or stagnated over the past half century, in contrast to most other big emerging economies (see chart). Total-factor productivity, which gauges the efficiency with which both capital and labour are used, is lower now than it was in 1960. Labour productivity accounted for 40% of Brazil’s GDP growth between 1990 and 2012, compared with 91% in China and 67% in India, according to McKinsey, a consultancy. The remainder came from an expansion of the workforce as a result of favourable demography, formalisation and low unemployment. This will slow to 1% a year in the next decade, says Mr Bonelli. If the economy is to grow any faster than its current pace of 2% or so a year, Brazilians will need to become more productive.»

Para dar um pouco de substância à aridez do gráfico e à abstracção dos comentários da Economist, tomemos a estória contada pelo texano que geriu um restaurante no festival Lollapalooza em S. Paulo: para ter 10 trabalhadores temporários teve que contratar 20; apesar disso (e agora vem o factor gestão) o restaurante conseguiu servir um dose em cada 15 segundos contra uma dose em cada 2 ou 3 minutos dos restaurantes vizinhos geridos por locais.

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