Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

29/04/2013

DIÁRIO DE BORDO: Reflexões avulsas a propósito do desvelo das luminárias domésticas pelo Estado (1)

Tal como a democracia produz frequentemente escolhas que se vêm a revelar a posteriori desastrosas – por vezes até a priori se pode antecipar o desastre – também os mercados, que são uma espécie de democracia das escolhas económicas, produzem igualmente desastres. Há quem não aceite nem a democracia política nem a democracia económica, como os comunistas confessos – hoje uma espécie, se não em extinção, pelo menos clandestina.

E há quem aceite a democracia política e, veladamente, se oponha à democracia económica com os mais variados argumentos. Veladamente porque em geral só durante as crises é que as críticas mais ferozes emergem à luz do dia, ou melhor sob o foco mediático. É a economia de casino, é a ditadura da economia ou dos mercados, é o ultra ou neoliberalismo, é simplesmente o capitalismo, que segundo estes detractores está na origem das misérias que ciclicamente nos afligem.

(Continua, espero)

Sem comentários: