«Não há em Portugal publicação mais radiosa que o Diário da República. Os "amanhãs que cantam" dos comunistas ao pé dos preâmbulos às nossas leis são uma prosa razoável. Todo um país ficcional se foi desenhando decreto a decreto e todos nós fomos vivendo nesse país-ficção legislativa até que a 6 de Abril de 2011, quando o então primeiro-ministro anunciou que Portugal ia fazer um pedido de ajuda externa, não foi mais possível negar a realidade. O episódio que vivemos agora com o chumbo de várias disposições do OE é apenas mais um capítulo em que os diversos protagonistas desta ficção tentam desesperadamente que não lhes caiba o papel de ter de escrever a palavra Fim.
…
O conflito ou melhor dizendo a traição a que se assiste em Portugal é entre as gerações que receberam em 1974 um país em que a dívida pública equivalia a cerca de 14% do Produto Interno Bruto (PIB) e aquelas que agora o recebem com a dívida em 120% do PIB. O resto é apenas estratégia para não ficar mal nos livros de História.»
Conflito e traição, Helena Matos no Económico
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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