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23/04/2013

Bons exemplos (56) – Lá se fazem, cá se pagam

Tudo por junto são dois chumbos
 do TC  (Infografia do Público).
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Há uma meia dúzia de meses tratou-se aqui da asneira de várias criaturas que ocuparam os conselhos de administração das empresas públicas Estradas de Portugal, Refer, Metro de Lisboa, Metro do Porto e Parque Escolar que decidiram proteger-se, entre 2003 e 2009 (na vigência do governo daquele a quem os portugueses tanto devem por causa de quem os portugueses tanto devem, recorde-se), com swaps do risco de subida das taxas de juros que, desde o colapso do Lehman Brothers em Setembro de 2008, não fizeram outra coisa senão descer. Este é um mau exemplo.

O bom exemplo é o governo ter «remodelado» dois secretários de Estado, Paulo Braga Lino e Juvenal Silva Peneda, ambos corresponsáveis por perdas potenciais de 830 milhões no Metro do Porto. Escaparam Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social (administrador não executivo do Metro do Porto) e Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro (à época directora financeira de Refer, com perdas potenciais de «apenas» 40 milhões).

A propósito, em governos anteriores, apesar de várias trapalhadas, não recordo «remodelados», com excepção do caso do amigo daquele por causa de quem os portugueses tanto devem - Armando Vara - levado a demitir-se de secretário de Estado da Juventude e Desportos, por pressão de Jorge Sampaio à época PR, devido às irregularidades da Fundação para a Prevenção e Segurança Rodoviária.

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