«Da nossa parte, da parte de Portugal, com sacrifícios estamos a fazer aquilo que nos compete e gostaríamos que a Europa fizesse aquilo que é a sua parte, se a Europa fizesse aquilo que é a sua parte - e Portugal está a fazer a sua - as coisas estariam melhor em Portugal e também melhor na Europa».Salvo erro, o que compete à Europa é emprestar-nos dinheiro a juros para amigos. Como, além disso, ainda atura as nossas trapalhadas e incapacidade de cumprirmos objectivos, nos concede diferimento das maturidades dos empréstimos e, por acréscimo, tem de ler a epistolografia do líder da oposição, temos de concluir que está a fazer por excesso o que lhe compete.
A Portugal, o que nos compete, salvo erro, é cumprir o MoU assinado pelo governo de José Sócrates e aceite pelo PSD e o CDS. Salvo erro, não cumprimos porque não fizemos os cortes de despesa previstos, só fizemos as reformas mais fáceis, não respeitámos as proporções entre redução da despesa e aumento dos impostos e, consequentemente não cumprimos os défices. Por tudo isto, o governo foi forçado a pedir uma dilação de 7 anos das maturidades dos empréstimos da troika, o que foi considerado insuficiente pela irresponsavelmente insaciável oposição.
Por tudo isso, dizer que Portugal está a fazer a sua parte e Europa não, só não é ofender a verdade porque ela está demasiado longe para sofrer danos.
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