As manobras de desorçamentação dos governos de José Sócrates com a venda à Estamo de imóveis ocupados por serviços da administração pública que depois os arrendam já foram amplamente tratadas no (Im)pertinências (ver aqui uma parte da colecção).
As manobras ganharam nova actualidade com a publicação a semana passada do relatório de «Auditoria à alienação de imóveis do Estado a Empresas Públicas» do Tribunal de Contas, onde se destacam inúmeras trafulhices da dupla Sócrates-Teixeira dos Santos. Para quem não tenha tempo para ler o relatório de 58 páginas poderá ler na página 8 um sumário executivo ou, em alternativa, este artigo do Económico.
Fazendo parte das manobras de desorçamentação, está a dívida das empresas públicas apenas parcialmente incluída no perímetro das contas públicas. No total, a dívida do sector empresarial do estado (SEE) era de quase 50 mil milhões de euros no final de 2001, ou seja cerca de 30% da dívida pública nessa altura. Desses 50 mil milhões, metade era dívida à banca e quase 1/5 a fornecedores. Quando quiseram saber onde está o dinheiro para financiar as empresas produtivas vão procurar ao buraco do SEE.
Mais uma vez me defronto com o run off da gerência socrática e mais uma vez me pergunto por onde andavam os tudólogos do bitaite, agora munidos de lupas, quais Sherlock Holmes, coscuvilhando as contas públicas deste governo, enquanto caminhávamos para a bancarrota camuflada pela contabilidade criativa fabricada pelos governos Sócrates-Teixeira dos Santos.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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2 comentários:
O governo das autoestradas sem carros, das PPPs ruinosas e das trafulhices sem conta.http://bandalargablogue.blogspot.pt/2012/12/os-resultados-deste-governo-sao.html
"agora munidos de lupas, quais Sherlock Holmes,"
exatamente, que ridículo parece Seguro sempre com a sua acusação de falta de transparência das atuais privatizações, depois das trafulhices descaradas que o seu próprio partido cometeu.
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