A diferença entre a justiça brasileira e a portuguesa é considerável, como já se viu a propósito do caso Mensalão. Eis o ponto de situação do top 10 (são 38 réus) das condenações:
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Foi feita há poucos dias uma denúncia pelo deputado brasileiro Garotinho de que Rosemary Noronha teria depositado 25 milhões de euros transportados na mala diplomática numa conta do BES no Porto e destinados a uma «alta autoridade brasileira». Rosemary Noronha é a ex-chefe do gabinete em São Paulo do ex-presidente Lula, e sua conhecida (também no sentido bíblico) há muitos anos. Tem o petit-nom de «Rose», é alcunhada de «facilitadora-geral da República» e a Veja dedica-lhe a capa da última edição – a ela e ao «homem que nunca sabe de nada».
Não só é considerável a diferença entre a justiça brasileira e a portuguesa, também o é a diferença entre os mídia dos dois lados do Atlântico. O exemplo da Veja é exemplar, como poderia ter dito Millôr Fernandes. Com uma tiragem de 1,2 milhões, não precisa dos favores do governo brasileiro nem das empresas na sua órbita e pode dar-se ao luxo de cutucar com o pau sem cerimónias ao mais alto nível.
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