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21/09/2012

Soares é cada vez mais um passivo para o PS

A demonstração irrefutável de que Mário Soares é um caso de esquerdismo irremediavelmente senil, e um passivo para o seu partido, é a sua tese de que o governo deve ser substituído imediatamente, de uma forma ou de outra. «As pessoas todas (estão) a chamar gatunos aos membros do Governo … e o povo é quem mais ordena» e por isso o governo deve ir embora, diz.

Da demissão do governo PSD-CDS resultaria o envolvimento na governação do PS, de uma forma ou de outra, numa fase em que o seu desgaste inevitável seria enorme e ainda maior do que o do PSD, dada a proximidade da débacle socrática. Que Soares defenda essa solução por patriotismo é duvidoso por duas razões: Soares nunca mostrou ser um patriota e o PS no governo não poderia fazer muito diferente do que fazem o PSD-CDS.

Por isso, tal estratégica é um disparate para o PS, para dizer o mínimo, e a sua defesa incompreensível por parte de um político experimentadíssimo e habitualmente maquiavélico. «Claro que o governo tem condições para continuar», diz Almeida Santos, mostrando muito mais lucidez, e querendo dizer deixa-os lá a torrar que nós temos tempo.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Soares está com esperança que um novo governo cancele os cortes às 3 ou 4 fundações das famílias Soares e Barroso. Ainda são uns 300 a 400 mil euros de cortes por ano que o Gaspar lhes vai dar, esse perigoso neoliberal que quer destruir o estado social