Infelizmente, os delicados negócios políticos por trás destas nomeações para as instituições da Óropa podem dar vencimento às pretensões de Vítor Constâncio. Recorde-se que o currículo do homem, enquanto responsável pela supervisão da banca portuguesa, inclui os conhecidos casos do BPN e BPP, sem esquecer o seu papel no assalto do PS ao BCP. Sem esquecer também a famosa declaração Mississipi no discurso de tomada de posse em 2000 onde nos ilumina com um paradigma que deveria ficar nos anais da economia:
«Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária.»Comparem-se estes critérios paroquiais de nomeação para as altas instâncias financeiras da UE, com o que se está a passar no processo de substituição de Mervyn King, actual presidente do Banco de Inglaterra, em que a mais conceituada revista inglesa de economia e finanças defende que entre os candidatos se deveria encontrar o brasileiro Arminio Fraga e o polaco Leszek Balcerowicz.
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