A ideia da federação entrou em coma com o crescendo de sentimentos eurocépticos no eleitorado de quase todos os países, ficou nos cuidados intensivos desde o despoletar da crise, está agora a ressuscitar a pretexto da solução para a moeda única.
No seu discurso sobre o "Estado da União" Europeia, no Parlamento Europeu, José Manuel Barroso foi um pouco mais longe e foi um pouco mais claro e exortou os governos da EU a «avançar no sentido de uma Federação de Estados-Nação». E como se faria esse caminho? Segundo Barroso, constituindo partidos europeus concorrendo às eleições em cada «estado-nação» com o respectivo candidato a presidente da Comissão Europeia.
Percebe-se que, dado o seu papel, Barroso esteja condenado a apresentar estas ideias em alternativa a «continuarmos como até aqui». Mas será que, enquanto eurocrata mór, Barroso compreenderá os riscos de impor pela porta do cavalo aos povos europeus uma solução em que estes visivelmente, mais do que não acreditarem, repudiam. Com excepção, claro, dos portugueses, dos gregos e talvez dos espanhóis e dos italianos que pressionados pela falta de dinheiro aceitam quase qualquer coisa para prolongar o statu quo.
Perceberá Barroso que a crise da moeda única só surge porque há uma moeda única que foi adoptada desconsiderando as suas condições de viabilidade, desconsideração com consequências a que agora se pretende responder como mais do mesmo?
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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