Só nos 7 primeiros meses deste ano as 5 empresas públicas do perímetro orçamental receberam empréstimos de 1,7 mil milhões de euros, assim distribuídos (em milhões de euros): Estradas de Portugal 695, Refer 392, Metro de Lisboa 378, Metro do Porto 147 e Parque Escolar 90.
Como se isso fosse pouco, foi agora revelado pelo Negócios que «as empresas do sector empresarial do Estado realizaram um conjunto de contratos de derivados financeiros, avaliados em 16 mil milhões de euros – quase dez por cento do PIB – que em Junho registavam perdas potenciais de cerca de 2,5 mil milhões de euros, ou seja, quase 16% do valor dos contratos. A esmagadora maioria dessas perdas estão em duas empresas: o Metro de Lisboa e o Metro do Porto. E boa parte dos contratos foram assinados pouco depois de se ter desencadeado a crise, em 2008, e tinham como objectivo proteger a empresa do que os gestores da altura consideraram ser um risco de subida da taxa de juro. Como as taxas de juro desceram, em vez de subirem, como antecipavam os gestores, neste momento têm de pagar aos bancos a diferença e, no fim do contrato, poderão ter de registar as perdas remanescentes. Mas, além desses contratos, há outros que são puras aplicações e aumentam o risco a que as empresas estão expostas.»
Como é possível estas criaturas que ocupam os conselhos de administração das empresas públicas terem decidido proteger-se do risco de subida das taxas de juros. Taxas de juros que, desde o colapso do Lehman Brothers em Setembro de 2008, não fizeram outra coisa senão descer?
São apenas mais exemplos dos resultados nefastos e da delapidação de recursos que resulta da intervenção do Estado a caminho do socialismo no funcionamento da economia.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
08/09/2012
Estado empreendedor (69) – pior é difícil
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Então, depreende-se que a intervenção do Estado protagonizada agora pelo PSD e pelo CDS-PP os coloca a caminho do socialismo?
Enviar um comentário