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15/09/2012

DIÁRIO DE BORDO: Os portugueses no seu melhor

Só na aparência é inesperado. Começaram por ser os do costume, com a sua lengalenga irresponsabilizante e idiotizante. Pouco a pouco, foram fazendo coro os da folga, os da austeridade, os que abriram o buraco, os que assinaram por baixo da troika, e a tropa cavaquista. Todos foram perdendo a vergonha, tudo devidamente amplificado por uma mídia contaminada pelo jornalismo de causas.


Repentinamente não há uma alma que não se junte ao coro para zurzir o governo. Não pelo que o governo não fez e por isso merecia ser zurzido. Mas pelo pouco que fez. Não é novidade. Quem se lembra do 25 de Abril lembra-se das multidões de situacionistas que em poucos dias renasceram democratas, socialistas e comunistas, conforme as conveniências da ocasião.


Como corolário, todo o séquito de gente que se passeou pelo poder aos diversos níveis, de presidentes da República a regedores de freguesia, e há décadas vem arrastando o país para a falência está a emergir branqueado das suas responsabilidades.

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