Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

09/12/2003

BLOGARIDADES: O Meu Mêmê (1).

Se há um sucesso na bloguilha chamado O Meu Pipi, porque não haver um chamado O Meu Mêmê? Ocorreu-me isto a propósito do sítio Manuel Maria Carrilho, verdadeiro expositor da vida e obra do Professor, Filósofo e Homem de Cultura com o mesmo nome.
A conversão do sítio vulgaris na variedade blogue exigiria certamente algumas adaptações, mas valeria a pena. É esse exercício que me proponho levar a cabo. Sei que acabarei, só não sei quando.
Substituir algumas das fotos mais formais, por outras mais íntimas, seria um bom ponto de partida. O Professor na praia, numa discoteca, na abertura da caça, são algumas ideias. As poses também poderiam ser mais originais – aquela mãozinha a segurar o queixo é mais do que trivial. Porque não mordiscar o indicador da mão esquerda como o Dr. Santana Lopes? O Professor ficaria com um ar naif-blasé muito moderno.
O estilo e os conteúdos teriam igualmente que ser ajeitados para os conformar com os paradigmas da bloguilha.
Há imensos exemplos que podem ser dados. Começo pelas primeiras linhas do editorial. Não é excessivamente aristotélico e passé, escrever hoje das duas uma: ou se levam os novos imperativos da comunicação social a sério, ou não?
Não seria mais moderno, em vez duma abordagem binária, uma abordagem trinária - hoje, das três duas: ou se levam os novos imperativos da comunicação social a sério, ou não, ou se fica na dúvida e depois logo se vê?
Ou ainda mais avant garde, uma abordagem fuzzy logic - hoje das muitas algumas: ou se levam os novos imperativos da comunicação social completamente a sério, ou mais a sério, ou mais ou menos a sério, ou assim-assim, ou menos a sério, ou nem pensar, ou a brincar.
(Continua?)

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