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06/12/2003

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Brisa a la recherche du temps perdu.

Secção Insultos à inteligência
Não há razão nenhuma para a Brisa me tratar pior do que trata o comum dos seus clientes. Na verdade, sou mais do um cliente comum. Sou um aderente, isto é cliente com um apresto chamado identificador prantado no pára-brisas do chaço, desde a primeira hora que a Brisa inventou a via verde. Um identificador? Não, dois, que a patroa também tem um prantado. Poupo dinheiro à Brisa que me debita na conta bancária as portagens, em vez de ocupar um desgraçado dum portageiro pendurado na cabina e chupar monóxido de carbono 7 horas por dia. Além disso, nunca despejei o cinza nas auto-estradas, mesmo quando fumava.
Imagino, por isso, que não terá sido só para mim que a Brisa mandou uma carta que recebi ontem (5 de Dezembro) datada de 17 de Novembro a comunicar que a partir do dia 10 de Novembro iria ceder a sua posição no contrato dos aprestos a uma sua filha chamada VVP Via Verde Portugal e a alterar as condições do contrato. Mas não iria fazer tal coisa se eu, no prazo de 10 dias úteis (terminados no dia 28 de Novembro) a contar da presente data (17 de Novembro), me opusesse, por escrito, às novas condições contratuais.
A coisa fica ainda mais irritante porque a carta da Brisa datada de 17 de Novembro leva (levaria, se tivesse sido colocado no correio no dia seguinte) 13 dias úteis para percorrer os 2.323 metros desde a sede da Brisa até à sede do Impertinente.
Para a Brisa estou a enviar, por correio azul, 5 merecidos ignóbeis.

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