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23/04/2020

Para o caso de estarem distraídos com a pandemia, os coronabonds e a mutualização da dívida convém não esquecer que...

«A produção de mais riqueza que se possa distribuir não está dependente da produção de dinheiro com o BCE ou do federalismo orçamental de Bruxelas, mas do aprofundamento do Mercado Único na área dos serviços», escreveu Avelino de Jesus no Jornal de Negócios.

Podemos discutir se é com aprofundamento do Mercado Único na área dos serviços ou outra estratégia, mas deveríamos perceber que não vamos lá com helicopter money ou outra panaceia qualquer.

Iríamos lá com a panaceia comunista que se diz em comunês


e que traduzido em esquerdês se diz "os ricos que paguem a crise".

É uma fórmula que, tudo leva a crer, seja partilhada pelos socialistas sem ganas de o dizer em português corrente. O único que tinha lata para tal era o Dr. Pedro Nuno Santos, fundador do pedronunismo, que desistiu das falas radicais em benefício das legítimas expectativas de suceder ao Dr. Costa. Por isso se pode dizer hoje, sem fazer essa ressalva, que um socialista é um esquerdista sem ganas.

Dita abertamente ou não, a ideia é óptima porque nos dispensaria de fazermos pela vida assumindo o estatuto de mendicante perpétuo. Tem, porém, aquele pequeno problema que é os ricos não parecem dispostos a pagar a crise. Conviria, por isso, ir pensando nas alternativas difíceis, porque as fáceis já foram todas tentadas e deram no que deram.

1 comentário:

Ricardo disse...

"porque as fáceis já foram todas tentadas e deram no que deram."-------Olhe que olhe que não https://www.metapoliticabrasil.com/post/chegou-o-comunav%C3%ADrus