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16/04/2020

Dúvidas (298) - Podemos confiar na OMS? (com P.S.)

Reformulando a pergunta: podemos confiar no director-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus e na equipa que actualmente dirige a Organização Mundial de Saúde?

Vejamos alguns factos descritos pela revista The Atlantic (How China Deceived the WHO):

«Em Janeiro, quando a pandemia que agora consome o mundo ainda estava ganhando força, um pesquisador de Berkeley chamado Xiao Qiang estava monitorando as declarações oficiais da China sobre um novo coronavírus que se espalhava por Wuhan e notou algo perturbador. As declarações da Organização Mundial da Saúde, o organismo internacional que aconselha o mundo a lidar com crises de saúde, frequentemente faziam eco das mensagens da China. "Particularmente no começo, foi chocante quando eu vi repetidamente o director-geral da OMS, quando falou à imprensa ... quase citando directamente o que li nas declarações do governo chinês", ele me disse.

O exemplo mais notório veio na forma de um único tweet da conta da OMS em 14 de Janeiro: "As investigações preliminares conduzidas pelas autoridades chinesas não encontraram evidências claras da transmissão de humano para humano do novo coronavírus". Nesse mesmo dia, o boletim público da Comissão de Saúde de Wuhan declarou: "Não encontramos provas de transmissão de homem para homem". Mas, a essa altura, até o governo chinês estava fazendo advertências não incluídas no tweet da OMS. "A possibilidade de transmissão limitada de homem para homem não pode ser excluída", disse o boletim, "mas o risco de transmissão sustentada é baixo".

Sabemos agora que isso era catastroficamente falso e, nos meses seguintes, a pandemia global colocou grande parte do mundo sob um bloqueio sem precedentes matando mais de 100.000 pessoas.»

Acrescentemos outros factos:
  • Desde 14 de Janeiro a nomenclatura chinesa estava consciente que se tratava de uma pandemia e em Wuhan deixaram realizar um banquete para dezenas de milhar de pessoas e só no dia 20 Xi Jinping tornou pública a pandemia
  • Em 28 de Janeiro Tedros Adhanom Ghebreyesus foi a Pequim dar os parabéns a Xi Jinping por «estabelecer um novo padrão para o controle de epidemias», enquanto ainda nessa altura as autoridade chineses puniam quem espalhasse "boatos";
  • No dia 3 de Fevereiro quando já havia 17.238 infectados e 361 mortes na China e 151 casos confirmados em 23 países e 1 morte, Ghebreyesus, garantiu não se justificarem medidas que «interfiram desnecessariamente nas viagens e no comércio internacional» para impedir a propagação do coronavírus a partir da China; apesar de o médico chinês Li Wenliang ter alertado em Dezembro para o surto e ter sido intimidado pela polícia chinesa;
  • Durante vários meses a OMS desaconselhou o uso de máscaras (quando na China e por toda a Ásia eram maciçamente usadas);
  • Ajuda a perceber a subserviência de Ghebreyesus sabendo-se que a China foi um apoio vital para a sua eleição, dívida que ele começou a pagar ostracizando Taiwan e agora com a lavagem dos erros e da falsificação de dados sobre a pandemia pela China.
Agora já podemos esclarecer à dúvida com alguma segurança.

Post Scriptum:

Citando Paulo Tunhas que preencheu uma parte da minha ignorância sobre Tedros Adhanom Ghebreyesus: «pertenceu a um facinoroso movimento comunista na Etiópia, que muito o ajudou na sua eleição para o cargo que presentemente ocupa e que um dos seus primeiros gestos desde que eleito para esse cargo foi nomear Robert Mugabe para “Embaixador da Boa Vontade” da OMS.»

3 comentários:

Anónimo disse...

Taiwan foi quem primeiro no 'Ocidente' publicou dados sobre a transmissibilidade entre pessoas.
ao

Anónimo disse...

Paulo T: não me faça rir que estou com cieiro. Há mais tracks.

Bilder disse...

A OMS (WHO)is an instrument of a much bigger plan https://hackernoon.com/covid-19-alert-your-freedom-is-being-threatened-with-digital-id-and-immunity-cards-i11p3yyo