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25/04/2020

A pandemia como um shot na veia mirrada do jornalismo de causas ou de como a produção jornalística tem de ser manipulada com luvas e lida com máscara

Estarei a exagerar com um título alarmista a propósito do alarmismo dos mídia do regime? Pois estarei, mas invoco em meu socorro o representante de uma instituição com décadas de experiência na manipulação dos mídia e da opinião pública.

Nada menos do que o Sr. Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido Comunista Português que desabafou em entrevista ao semanário de reverência a seguinte chocante constatação:
«A comunicação social dominante - alguns, não todos - criou a onda do medo e do alarmismo. Fiquei uns dias em casa, devido à situação, e sentava-me perante as televisões e ficava esmagado. Não é a questão da necessidade de informar, isso é o elemento fundamental e o papel da comunicação social. Agora, assisti muitas vezes a peças que conduziam ao medo, ao alarmismo, às vezes à resignação»
Tirando os «alguns», em que estarei em total desacordo com o camarada sobre quais sejam as excepções, surpreendentemente e por uma vez, sem que constitua precedente, partilho das suas preocupações.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pertinente,
eu acredito que uma pessoa convictamente comunista é uma pessoa de bem. Mas afastada para o Mal à conta de uns ideólogos estúpidos.
Por isso, como realçou, a melhor resposta contra a eutanásia veio do PCP e não da ICAR.

Por isso se diz que um homem que não seja um socialista aos 20 anos não tem coração. Um homem que ainda seja um socialista aos 40 anos não tem cabeça. Atribuído, pelo menos, a Georges Clemenceau, Winston Churchill, Willy Brandt.

António de Oliveira Salazar disse: Não temos medo do comunismo porque temos uma doutrina e somos uma força.

Eu aprecio-o por se mostrar honesto.
Abraço,
ao