Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

28/04/2014

ESTÓRIA E MORAL: O comunismo e as galinhas

Estória

Joaquim Chissano, sucessor de Samora Machel, ex-líder da Frelimo e ex-presidente de Moçambique, participou a semana passada na Fundação Gulbenkian na conferência «A Ditadura portuguesa – porque durou, porque acabou».


Para explicar a longevidade do antigo regime, Chissano referiu a «agitação do espantalho da ameaça comunista para garantir o apoio ocidental» e, a título de exemplo, contou que «os régulos eram convocados para lhes dizerem: 'Cuidado, vem aí o comunismo, vêm aí os russos. As vossas galinhas serão deles, as vossas mulheres serão deles, as vossas crianças serão deles'».

Moral

Com a verdade me enganas.

[Não deixa de ser significativo o facto de Chissano considerar como um «espantalho» a ameaça de um sistema responsável por muitos milhões de mortes, opressão mais abjecta, submissão e miséria do povo em todos os países onde foi imposto.]

1 comentário:

Vivendi disse...

E foram mais de 100 milhões de mortos...