A manipulação da opinião pública pela opinião publicada travestida de jornalismo é uma constante do semanário de reverência (e, é claro, de outras centrais do jornalismo de causas). Veja-se esta subtileza que descrevo a seguir.
Na página 11 do caderno de Economia do Expresso há um artigo onde se pode ler que para o governo renacionalizar os CTT - o novo desígnio da esquerdalhada - não é necessária autorização da Comissão Europeia, desde que se faça a preços de mercado, neste caso às cotações de bolsa. E há um outro artigo onde se acrescenta que nunca até agora houve uma renacionalização na União Europeia.
Na primeira página do caderno de Economia do Expresso há uma chamada para esses artigos na página 11. São concebíveis vários títulos para essa chamada, por exemplo: a renacionalização dos CTT não precisa de autorização de Bruxelas ou até agora na houve renacionalizações na União Europeia. O título escolhido foi: «Bruxelas não impede regresso dos CTT ao Estado», implicitando subliminarmente que o governo já teria consultado Bruxelas e obtido luz verde.
A par da manipulação subliminar, o semanário de reverência brinda-nos com as menos subtis promoções de ministros e secretários de Estado exaltando a sua obra com fotos de grande formato. Esta semana tivemos direito à promoção do secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, a propósito da redução dos passes sociais, e à do secretário de Estado da Internacionalização sob um título mirabolante indiciando uma perigosa deriva megalómana «Queremos liderar o carro eléctrico a nível mundial».
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
03/02/2019
ARTIGO DEFUNTO: Como se afagam as meninges do público em ano de eleições
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1 comentário:
A próxima "grande ideia" deve ser a entrega de uma trotinete a cada português(quem for lúcido deve aproveitar para fugir nela,chegando a Espanha já há comboios).
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