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15/01/2015

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Descoberto o caminho para excelência nas empresas

Secção George Orwell

«Há um dado novo: as grandes empresas que têm mulheres na administração têm melhores resultados, e quanto maior a percentagem melhores resultados também. (…)

Mas números são números. Em Portugal são menos de 5% as mulheres que chegam ao topo das grandes empresas e isso coloca-nos no mesmo patamar da Índia, do Qatar ou da Coreia do Sul. No outro extremo, com mais de 20% de mulheres nessas funções, estão a Noruega, a Suécia, a Finlândia e a Grã-Bretanha. Esta disparidade não existe nas empresas mais pequenas nem nos cargos de direção, onde as mulheres já chegaram em grande quantidade e parece que ninguém se queixa dessa enorme mudança

Com estas premissas no seu editorial no DN, Ana Sousa Dias, comete um dos erros mais comuns da ciência de causas: confundir correlação com causação. Implicitamente, ASD parece acreditar e querer fazer-nos acreditar que as empresas mais rentáveis o são por terem mais mulheres na direcção e daí a concluir que, se tiverem mais mulheres, as grandes empresas serão mais rentáveis vai apenas um pequeno passo.

Sem querer demonstrar coisa nenhuma - mas um misógino poderia com a mesma base científica argumentar que as grandes empresas mais rentáveis são as únicas que podem ter mulheres na sua direcção - esperaria que ASD nos explicasse porque se encontrem tão poucas mulheres nas grandes empresas multinacionais, a maioria delas muito rentável, empresas que abriram caminho a partir dos seus mercados nacionais até chegarem a operar em mercados globais extremamente competitivos.

Sem ofensa para ASD, que parece uma mulher culta e inteligente (mas isso não impede a contaminação pelo pensamento politicamente correcto), valorizo a sua prestação em 3 chateaubriands - uma medida da confusão entre causas e efeitos, assim baptizada em homenagem ao visconde e escritor que um dia abençoou a divina providência por fazer passar os rios pelo meio das cidades.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vós não sabeis... mas eu sou um malandro. Vós não sois. Eu não perdoava áquela fêmea a entrada do vosso Glossário sobre o Politicamento Correcto.
A bem de olá, olé, tianica de loulé...
E de Alá o criador de uma fértil heresia judaico-cristã.
E de YHWH o que criou o mundo e ficou farto ao sétimo dia. E como disse Millôr Fernande: Não espere nada Dele. Quando Lhe disseram que o ser humano tinha sido feito à Sua semelhança, Ele se ofendeu e disse que nunca mais pisa aqui.

Com a graça de Deus Todo-Poderoso. Ámen
eao

Carlos Conde disse...

"...parece uma mulher culta e inteligente..."

O que seria se não parecesse...