Em retrospectiva: o pay gap atribuído à discriminação de sexos (que o politicamente correcto chama géneros) é um dos «factos alternativos» mais populares nos meios esquerdistas. Não é que não exista um pay gap, aliás existem vários, mas desde pelo menos a II Guerra nenhum deles se funda a discriminação de sexos ou de raças. De resto, com a mesma falta de fundamento, seria mais fácil apontar a discriminação entre bem nascidos e mal nascidos de ambos os sexos ou, se preferirem, de todos os 112 "géneros" identificados pelo Tumblr.
Fonte: Expresso |
Para fundamentar a tese do pay gap resultar da discriminação de sexos é usada uma modalidade de ciência de causas, como a que parece estar na origem do diagrama acima construído com base no estudo «Sticky floors or glass ceilings? The role of human capital, working time flexibility and discrimination in the gender wage gap» citado pelo Expresso, onde Turquia e Finlândia surgem como paradigmas da igualdade e da desigualdade salarial, respectivamente. Se o "algoritmo" tem resultados absurdos, é porque é absurdo.
Para não repetir o que já foi dito em vários dos posts anteriores desta série, republico o diagrama seguinte.
Fonte |
Como se pode ver, aquilo que pode ser legitimamente atribuído à discriminação, ou seja as diferenças que resultam de comparar o que é comparável, expurgando todas as outras diferenças de posto de trabalho, de nível e de empresa, tem um peso residual em qualquer dos três países onde os inquéritos foram conduzidos.
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