Continuação de (I), (II), (III), (IV), (V), (VI), (VII), (VIII), (IX) e (X).
Em retrospectiva, que o debate sobre o aquecimento global, principalmente sobre o papel da intervenção humana, é muito mais um debate ideológico do que um debate científico é algo cada vez mais claro. Que nesse debate as posições tendam a extremar-se entre os defensores do aquecimento global como obra humana – normalmente gente de esquerda – e os negacionistas – normalmente gente de direita – existindo muito pouco espaço para dúvida, ou seja para uma abordagem científica, é apenas uma consequência da deslocação da discussão do campo científico, onde predomina a racionalidade, para o campo ideológico e inevitavelmente político, onde predomina a crença.
Uma vez mais, o ano passado foi decretado o ano mais quente de sempre desde 1880 (ver o NOAA, por exemplo). Talvez, mas convém colocar algum cepticismo nestas conclusões científicas porque já não é a primeira vez que os dados são aldrabados por boas causas.
Ainda assim, o homo sapiens só por cá anda há uns 200 mil anos e as acções humanas com impacto potencial no clima têm uns 150 anos. Entretanto, esta bola em que vivemos já roda há uns 4 a 5 milhões de anos durante os quais o clima variou imenso. E ainda antes da Revolução Industrial actuaram e ainda actuam várias causas potenciais de aquecimento do planeta não atribuíveis directamente à acção do homem moderno.
Por exemplo, há uns 15 mil anos, os índios que então habitavam o actual Canadá, andavam a pé, não tinham nem automóveis, nem indústria, exterminaram os mamutes e extinguiram a pradaria substituída pela tundra.
Por exemplo, estima-se que as flatulências dos bovinos, essencialmente metano, um gás 25 vezes mais nocivo para o efeito de estufa do que o dióxido de carbono, são responsáveis por 14% do aquecimento global desde o princípio da Revolução Industrial. As emissões com origens em veículos representam nos Estados Unidos uns 20% do total. A nível mundial, possivelmente representam menos que os traques e os arrotos das vacas.
Por estas e por outras, o bom senso aconselha a um quantum satis de cepticismo para equilibrar as certezas dos fiéis das várias seitas e, em particular, da seita da Christiana Figueres, secretária executiva da UN Framework Convention on Climate Change.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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26/01/2016
Mitos (219) - O contrário do dogma do aquecimento global (XI)
Etiquetas:
ciência de causas,
Desfazendo ideias feitas,
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4 comentários:
É preciso coragem para desenvolver uma tecnologia para analisar as flatulências de qualquer animal. Ainda não me deu para ir ver como "tudo começou". Desde a Evolução Industrial que os germanos têm mostrado o maior privilégio cerebral na Química. Os britânicos predominam na Física. Mas isto é Físico-Química! Grande salganhada, v.g., porcaria...
E temos que contar com todos os bichos que têm flatos! "Como o outro", voam os pombos, mas ainda bem que os bovinos não voam.
Abraço
Dizem que uma Sra perto de Bocage, num chá chique, largou uma fatulência. E pediu ao Sr. que se pronunciasse como o autor do flato. Ele disse:
"o peido que esta senhora deu, não foi ela, fui eu".
Simplex
Os índices de poluição nas fabricas , ruas movimentadas e o efeito benéfico que tem tido as restrições implementadas pelas tais esquerdas líricas, são factos. A enorme massa de detritos, plásticos e outros que já forma uma área igual a da Holanda no meio do Pacifico e no meio do Atlantico, são factos. A acidez dos oceanos, que tem aumentado tambẽm são factos. Enfim mas culpemos os tais esquerdistas liricos, mas tenhamos atenção aos factos e são mesmo muitos.
Que o aumento do nivel do mar não nos obrigue a ir para o emprego de barco.
Não se ideia da dextra se da sinistra, mas reparem que quase todo o nosso lixo vai dentro de sacos de plástico.
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