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24/01/2016

AVALIAÇÃO CONTÍNUA. Como não «Reformar a Administração Pública»

Secção Assault of thoughts

Se não fosse a página da Ordem dos Economistas onde foi transcrito, não teria reparado num artigo do Público onde sete luminárias escrevem sobre a reforma da administração. Vão de Ferreira do Amaral a João Salgueiro, passando por Félix Ribeiro, cobrindo assim, se considerarmos os seus passados, um “amplo” espectro político que vai do centro-esquerda à extrema-esquerda, saltando por cima dos comunistas que não se metem nestas coisas.

Até eu, que tenho pouca fé nas luminárias, fiquei decepcionado. É difícil imaginar uma coisa mais desenxabida, redonda, cinzenta, sem uma ideia – se não acreditam, façam favor de ler. Estamos perdidos, pensei com os meus botões. Se la crème de la crème das nossas elites pensantes quanto se juntam só são capazes de produzir estas coisas chochas, o que podemos esperar do povo ignaro?

Agora que a geringonça está a abolir os exames e temos um outro examinador – o picareta falante – a caminho de Belém, as avaliações parecem-me cada vez mais indispensáveis. Aqui vão elas na escala impertinente: quatro urracas, quatro pilatos e cinco bourbons para as luminárias.

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