Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

07/01/2016

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: De como o melhor que pode acontecer ao paraíso prometido aos gregos pelo Syriza é ser um purgatório (XLIV) – O futuro da geringonça portuguesa é a geringonça grega?

Outros purgatórios a caminho dos infernos.

Contrariando o quase blackout que o jornalismo de causas impõe ao purgatório grego a caminho do inferno, venho aqui dar testemunho (uma formulação ajustada ao tema do caminho do purgatório para o inferno) de que o governo Syriza-Anel depois de ter feito voz grossa à troika, perdão às instituições, recusando-se a aceitar os cortes propostos nas pensões, dispôs-se ele próprio a propor à troika, perdão às instituições, cortes crescentes de 15% a partir de 750 euros e até 30% para os rendimentos mais altos.

Recorde-se que a pensão média na Grécia era de 1.480 euros em 2010 (mais de quatro vezes a média portuguesa) e é agora, antes dos novos cortes, de 863 euros, apesar de tudo mais do dobro da média portuguesa.

Estranhamente, não se escutam gritos de indignação dos nossos esquerdalhos que tanto prezam o Syriza.

Sem comentários: