Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

21/11/2017

O amor da esquerda bem-pensante pelos utentes da vaca marsupial pública

Num artigo com o expressivo título «O amor da direita radical pelos trabalhadores do sector privado», Pacheco Pereira dá mais um pulo para o colo da geringonça, retribuindo as honras que lhe foram conferidas como compagnon de route do PS e porta-voz do costismo a quem disponibilizou tempo de antena, assistindo-o a fazer a cama a Seguro e a ascender à liderança do PS. E não, não estou a insinuar que Pacheco se vendeu pelo prato de lentilhas de uma tença na Fundação Serralves porque ele não aceitou ser pago em dinheiro. Pacheco Pereira não se vende por dinheiro. Pacheco Pereira move-se pelos seus ressabiamentos e deixa-se seduzir pela imensa vaidade do seu dilatado ego e, ao sabor dos ventos e dos protagonistas políticos, mostra uma notável volatilidade doutrinal que o tem levado do maoísmo, ao cavaquismo, ao soarismo, ao costismo e recentemente a apoiar Rui Rio na reconstrução do verdadeiro PS-D , com uma deriva liberal ocasional na passagem do século.

É mais um que substituiu a classe operária e o campesinato pelo funcionalismo público. Porém, não sendo de todo burro, ao contrário dos patetas convertidos, Pacheco deixa sempre as portas abertas para outras derivas, reservando-se o direito a «escrever um artigo usando uma argumentação ao contrário desta e com outros alvos».

1 comentário:

H. Ramos disse...

A troca tintice no seu melhor