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20/10/2017

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: O socialismo costista e a engorda do Estado para sustentar a clientela (2)

«O problema vem ao de cima quando tentamos ver os actos dessas palavras. É enorme a distância entre aquilo que se diz que se faz e aquilo que realmente é concretizado. A coesão social, o combate à pobreza e a promoção da igualdade limitam-se ao segmento do mercado eleitoral urbano que faz mexer o ponteiro dos votos. Os outros ficam ao abandono, como dolorosamente vimos na morte e na vida de quem esteve dentro dos incêndios do fim-de-semana.

A situação agrava-se quando as lideranças governamentais ou mesmo parlamentares são um círculo fechado onde quase todos andaram no “liceu” com quase todos, conheceram os pais ou até os avós, conviveram ao longo de anos por laços de amizade ou familiares. O seu mundo é aquele minúsculo universo de amigos e conhecidos que confundem com o país. As suas prioridades de governo da comunidade são hierarquizadas de acordo com o que conseguem ver nesse seu mundo, infantilizando os seus concidadãos.

Excerto de «Uma tragédia escolhida por nós», Helena Garrido no Observador

O socialismo de Costa sustenta-se da vaca marsupial pública e vive a huis clos na Lisbolha.

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