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28/08/2017

Pro memoria (354) - Liberdade de imprensa segundo os líderes socialistas

Por falar em Sócrates e no seu mundo putrefacto e no vício que partilha com o «merdas do Costa», como ele lhe chamou, de tentar controlar os mídia, coisa para a qual os mídia frequentemente se põem a jeito, evoco um episódio que diz muito sobre esse vício narrado por Henrique Monteiro a propósito de um artigo do animal feroz recentemente publicado pelo Público:

«É nesta frase "jornalismo decente e honesto" que me quero centrar. Eu sei bem o que Sócrates considera jornalismo decente e honesto. É, por exemplo (e isto passou-se comigo, quando era diretor do Expresso), telefonar fora de si a pedir - mais do que pedir, um misto de implorar e exigir com ameaças - que se retire da edição um artigo a seu respeito. Era um artigo a que não quis responder, desmentir ou outra coisa qualquer. Quis apenas que fosse retirado, como se tal ato de censura fosse normal, decente ou honesto.

Do jornalismo "decente e honesto" de Sócrates faz parte, ainda, colocar condições para que se realize uma entrevista em vésperas de eleições legislativas nas quais se recandidatava a primeiro-ministro. Essa condição era uma: eu não estar presente, apesar de ser o diretor do jornal. Na verdade, sei algumas coisas sobre ele, incluindo como pessoas próximas do então chefe do governo arranjaram e-mails internos do 'Público' para tramarem Belém. 

Do jornalismo "decente e honesto" de Sócrates faz ainda parte mentir sobre o que este jornal escreveu (o que obrigou o jornal que engoliu a patranha, o 'JN', a publicar um desmentido que eu próptio enviei) e nunca se escusar por isso, não respondendo a uma carta que recebeu, apesar de enviada com protocolo que prova tê-la recebido.»

1 comentário:

Unknown disse...

Bicharel enredado, e cada vez mais, nas suas bicharelices...
Mas sem poblemas : a "justiça", poéica e maviosa, continua a assobiar para o lado...