[Continuação desta alucinação]
A semana passada Nicolau Santos quis envergonhar os senhores que nos humilham, inspeccionando-nos as cuecas contabilísticas borradas, com os nossos prémios de arquitectura. Esta semana caiu na real, como dizem os brasileiros, que sabem muito bem o quanto é difícil, e produziu um artigo no caderno de Economia do Expresso com um título aterrador: «Querem a verdade? Ei-la.»
Depois de uma entrada em que, como bom praticante do jornalismo de causas, lamenta suspender momentaneamente o exercício de animação a que se dedica há anos, enumera as coisas agradáveis que a miséria das dívidas nos vai impedir de usufruir (desde as férias em sítios exóticos até comprar patés), e escreve: «o mais dramático é que chegámos aqui não por acaso, mas por uma tendência perfeitamente clara e definida».
Em vão, procurei no resto do texto uma explicação para o excelso jornalista económico só ter percebido há poucos meses a «tendência perfeitamente clara e definida» cujo início que ele próprio situa na década de 60.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
25/04/2011
Depois da alucinação, a queda violenta no mundo real de um pastorinho da economia dos amanhãs que já não cantam
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