Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

28/02/2004

DIÁRIO DE BORDO / LOG BOOK: «Só nos faltava esta!» (parte 3 – O insulto à inteligência) / If you haven’t the guts to terminate them, feed them.

Summary for the sake of
Hard to believe. The Lisbon mayor plans to perpetuate forever the drug-addicted legion that makes his living of the extortion of money from Lisbon citizens whom they «help» to park their cars.
The mayor, a confessed and obsessed candidate for president of the Portuguese Republic, a job to be vacant in two years time, intends to allow those guys a permit with a badge in the chest to formalize their extortion.


Segundo o DN de 26, o doutor Santana Lopes mostrou, mais uma vez, que é um homem de causas, defendendo, com palavras inflamadas, na reunião da câmara a sua proposta de cumprir a profecia do doutor José Manuel de Mello «talvez arrumadores de carro»,
«Os arrumadores podem desempenhar um trabalho útil à cidade. Muitas vezes ajudam-nos a encontrar lugar para estacionar e até podem zelar pelos nossos carros
O doutor Santana Lopes dá assim indicações ao eleitorado de esquerda que pode render-se-lhe que ficará bem entregue. Ele se encarregará de providenciar que nunca acabem os pobrezinhos, os excluídos, os perdidos nas azinhagas da vida, proporcionando-lhes os meios para assegurar a sua perenidade.

É difícil produzir um pensamento mais à esquerda do que a sua tirada seguinte: «É preciso ter confiança no ser humano. O que eles fazem pode ter alguma utilidade.». Mostrando a imensa confiança que tem nesses seres humanos, o doutor Lopes encarrega-se de perpetuar a sua condição de marginais parasitários.
Do mesmo passo, o doutor Lopes mostra a sua costela keynesiana, por agora timidamente. Talvez ainda venhamos a ver a câmara municipal, hoje, e a presidência da República, amanhã, a acolher no seu seio aquelas vítimas da vida que ele carinhosamente dividirá em duas metades: uma que abrirá hoje os buracos nas ruas de Lisboa, amanhã nos jardins do palácio de Belém, e a outra que os tapará a seguir nas ruas e nos jardins, respectivamente.

aqui escrevi mas volto a fazê-lo:
Se o doutor Santana Lopes é o melhor representante que a sua geração tem para nos oferecer para a presidência, temos que pedir à velharia, que de outro modo deveria reformar-se rapidamente, para ficar ainda mais algum tempo a babar-se na política, fazendo tempo para a chegada da geração seguinte.

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