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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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01/02/2022

O povo falou e disse: queremos mais do mesmo e entre a imitação e o autêntico preferimos o autêntico

O povo falou e cada um escutou o que queria ouvir. Eis o que ouvi.

A esquerdalhada comunista e berloquista foi devastada e em dois anos perdeu metade dos seus votos. São os comunistas a caminharem para o caixote do lixo da história e os berloquistas a esgotaram o seu arsenal de causas masturbatórias que nada dizem à maioria de dependentes do Estado. Não se percebe como conseguirão continuar a falar em nome do povo.

O PSD de Rio e o CDS de Chicão, depois de dois mandatos de 6 anos do PS, perderam mais de 400 mil votos em relação à eleição de 2015 com o PSD e o CDS de então desgastados por quatro anos a resgatar o país do desastre socialista. Uma vez mais, o povo preferiu o socialismo de Costa ao socialismo de Rio.

IL, um agregado instável composto por linces da Serra da Malcata (*), genuínos apreciadores da liberdade, e por pragmáticos e diletantes que na verdade gostariam principalmente de pagar menos IRS, conseguiu mais votos do que as tribos que compõem a esquerdalhada e falam em nome do povo. Desconfio que fez o pleno.   

Chega, outro agregado instável, composto por genuínos cultores de Deus, Pátria e Família, que têm esperança que as bandeiras dos ciganos, da castração e da prisão perpétua sejam apenas concessões passageiras para mobilizar as massas, que eles imaginam patrióticas, e pelas mentes simples que só entendem ideias simples, muito carecidas de objectos para o seu ódio. Suspeito que também tenha feito o pleno.

Finalmente, os grandes vencedores destas eleições, o PS e o Dr. Costa que interpretaram que o povo, isto é o eleitorado do Partido do Estado, quer sopas e descanso, prefere a mansidão da decadência à turbulência das "reformas" e dos "mercados" e espera que o Dr. Costa, agora livre da geringonça, consiga com as suas habilidades extorquir à Óropa e aos ricos os dinheiros necessários para manter o statu quo.

E depois? E depois ainda não é o fim da história porque o socialismo na jangada de pedra suspende-se quando acaba o dinheiro de Bruxelas, o mais tardar por alturas do fim da bazuca que, por coincidência, é o fim do mandato do Dr. Costa. Um mandato durante o qual terá um PCP a fazer prova de vida nas greves e na rua, um BE a zumbir nas redacções onde pontifica e um clima económico que só pode ser pior do que desfrutou e não aproveitou. Vejamos qual o coelho que ele vai tirar da cartola para se irresponsabilizar.

Et voilà.

(*) Passaram muitos anos desde pela primeira vez comparei a raridade das criaturas apreciadoras da liberdade à dos linces da Serra da Malcata neste Portugal dos Pequeninos onde, como escreveu Alçada Baptista, não faltam libertinos, demagogos ou ultramontanos e onde tudo chega tarde, desde o comunismo em 1975, quando já estava moribundo, até ao liberalismo no presente quando já está entre parêntesis nas democracias avançadas onde agora o Estado omnipresente retoma a sua proeminência.

2 comentários:

Anónimo disse...

Democracias avançadas. Ahaha! São tão avançadas que já nem se nota que são democracias.
Deus, Pátria e Família são valores seguros, intemporais. Não estão na moda. Os cantores do abril não os suportam. Acham que Portugal começou em 1974. Odeiam o conceito de nação e o legado histórico. Estraçalham os brasões da Praça do Império, imaginando-se pequenos Estalines a apagar a História. Pagam principescamente a estrangeiros para fazer o seu trabalho sujo de desmoralizar a nação, a que não se querem ver associados. Terceirizam para Mamadus.
É esse o único ódio que vejo.

Anónimo disse...

Também é possível que o homem arranje um tacho na Óropa à primeira oportunidade e deixe um dos seus delfins a governar.