Estão em marcha as obras de ampliação do edifício decrépito do Estado sucial
Com a aparente cooperação do Dr. Rio, que só quer ir embora depois de ajudar o Dr. Costa a acrescentar mais um andar ao edifício do Estado sucial, e o implícito beneplácito do Dr. Marcelo, estão em curso pela voz da Dr.ª Luísa Salgueiro, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, as manobras para aprovar sem dor a "regionalização", que é o nome dado à criação de mais uns milhares de tenças para "regionalizar" um país que tem menos de metade da população média das dez maiores cidades do mundo. A inventiva manobra passa por um "ajuste" da Constituição - não confundir com revisão - para permitir que o referendo seja aprovado com menos de metade dos eleitores, referendo que à cautela deve omitir o mapa das regiões porque já está tudo "consolidado".
Depois de um ano e meio, o Dr. Siza Vieira impingiu à DST a EFACEC, o zombie estatal a trabalhar a metade da sua capacidade, com as encomendas de 2019 e 2020 ainda não entregues, sem mercado, sem capital e com uma dívida pantagruélica. Por prudência, o Dr. Siza ainda reservou para os contribuintes uma participação de 25% que lhes permitirá continuar a torrar dinheiro no zombie. O Expresso questionou-se sobre o que poderá ter sido oferecido à DST para "facilitar" o acordo e parece sugerir subliminarmente: o concurso de 819 milhões de automotoras para o outro zombie.
Trocando hardware por software
O governo lançou um concurso para comprar helicópteros usados com o máximo de 35 anos (médios) ou de 5 anos (ligeiros) para o combate aos incêndios florestais. Logo os críticos maldosos baptizaram o concurso de "Sucata". A verdade é que, ainda assim, estão previstos quase 70 milhões para a sucata. Se fossem helicópteros novos custariam 250 milhões, admitamos. Ora com a poupança de 180 milhões será possível pagar durante um ano (depois logo se vê) vários milhares de funcionários para engrossar a freguesia eleitoral.
Boa Nova
A dívida externa líquida reduziu-se em 2021 face a 2020, só que poucochinho, de 175,6 mil milhões para 170,6 mil milhões, e mesmo assim devido em parte à desvalorização da dívida portuguesa detida por estrangeiros.
O relatório da UTAO também concluiu que a dívida pública diminuiu 2.898 milhões em 2021, o que foi devidamente salientado pela imprensa, omitindo muito convenientemente ter sido exclusivamente resultante da redução da almofada de segurança dos depósitos em bancos, como se mostrou nesta crónica.
Emigrantes, mandem a grana! Os votos não são precisos
O ano passado os emigrantes enviaram para Portugal 3.678 milhões de euros, o valor mais alto desde a adopção do euro. Como agradecimento, a negligência e desaforo dos políticos levou à anulação de mais de 80% dos votos dos emigrantes na Europa.
De volta ao velho normal
O ano passado foram comprados em Portugal 2.600.000 smartphones, sendo um terço de modelos topo de gama. No valor total foram gastos 830 milhões de euros, o que daria para comprar três vezes mais do que os helicópteros necessários, novos topo de gama, em vez de sucata.
A maldição da tabuada
Agora que (re)começou a guerra, tentaram contar a tropa e chegaram a três números diferentes: 27.741 (Ministério da Defesa); 26.130 (DGAEP) e 23.347 (EMGFA). O que têm os três números em comum? São todos inferiores a 1/5 do número estimado de soldados que o Czar Vlad tem reservados para invadir a Ucrânia e a 3% do seu exército imperial.
Ainda não é o mafarrico, mas já se sente o cheiro das brasas
Os amanhãs que cantam do Dr. Costa, estão a ficar um poucochinho comprometidos com a inflação crescente (5,1% na Zona Euro), ainda sem as expectáveis consequências da invasão da Ucrânia, e o inevitável aumento do custo da dívida.
1 comentário:
Será que agora desistiram de arranjar os Kamov?
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